26 de fevereiro de 2014

A Elecnor obtém umas vendas de 1.864 milhões de euros e um resultado líquido de 53,3 milhões em 2013

No mercado internacional, origem de 56% do volume de negócios do Grupo, as vendas cresceram 24% e a carteira 18%

O lucro líquido reflete o impacto da imparidade e ajuste de receitas dos ativos renováveis pela nova regulação energética

O EBITDA foi de 220,4 milhões de euros

Em 2013, a rentabilidade total para o acionista foi de 21,3%, como consequência da revalorização dos títulos em bolsa (+18%) e do pagamento de dividendos integramente em dinheiro (3,3%) 

Madri, 26 de fevereiro de 2014 - A Elecnor obteve em 2013 vendas consolidadas de 1.864 milhões de euros. Deste total, o mercado externo representa 56%, após crescer 24%, e o nacional os restantes 44%. Estes dados confirmam a aposta do Grupo Elecnor nos mercados externos como motor de crescimento para os próximos exercícios, sem descuidar a conservação do mercado nacional à espera da recuperação.

Entre os fatores que incidiram positivamente no volume de negócios estão a maior contribuição dos parques eólicos no estrangeiro, assim como a maior atribuição das filiais que operam no mercado externo. Além disso, destacamos a construção nos Estados Unidos, de um parque solar fotovoltaico para a empresa PG&E, , a aquisição, em 1 de novembro de 2013, de ativos e contratos à sociedade norte-americana Hawkeye e a construção no México do gasoduto Morelos, que prestará serviço à Comissão Federal da Eletricidade (CFE). Tudo isso contribuiu para compensar as menores receitas por retribuição dos projetos de geração de energia em que participa o Grupo e os efeitos da redução dos investimentos, tanto públicos como privados, nos setores em que o Grupo desenvolve a sua atividade na Espanha.

Por atividades, a principal em termos de volume de negócios foi a Eletricidade, com 669 milhões de euros e uma notável estabilidade em relação a 2012. Uma estabilidade similar à qual mostram outras duas atividades ligadas a operadores de serviços: Gás e Infraestruturas de Telecomunicações.

Na Eletricidade estão incluídas Centrais de Geração de Energia, com 582 milhões, e Construção, Meio Ambiente e Água, com 140 milhões. A destacar também o avanço de 64,5% em Manutenção. 

Carteira de pedidos

No encerramento de 2013, a carteira de contratos pendentes de execução era de 2.415 milhões de euros, face aos 2.185 milhões com que terminou em 2012. Tal representa um avanço de 230 milhões de euros (+ 11%). Por mercados, a carteira cresceu 18% no estrangeiro, sendo de 1.969 milhões de euros, o que equivale a 82% do total. No mercado nacional, por outro lado, houve uma queda de 15%, para os 446 milhões.
 
EBITDA

No que se refere ao EBITDA, a quantia foi de 220,4 milhões de euros em 2013, inferior à de 2012 mas superior em 5% ao EBITDA de 2011, o último exercício não afetado pelas reformas energéticas do atual Governo. 

Lucro líquido

O lucro líquido consolidado do exercício foi de 53,3 milhões de euros, valor que reflete o impacto da nova regulação energética introduzida pelo Governo entre 2012 e 2013. No quadro dessa reforma, o Grupo Elecnor realizou os testes pertinentes de imparidade sobre os investimentos em energias renováveis afetadas pelas novas normativas. Deste modo, o valor dos ativos propriedade das sociedades que gerenciam as três usinas termossolares em que a Elecnor participa na Espanha foi registrado em imparidade no conjunto em 138 milhões de euros ao longo dos exercícios 2012 e 2013. Esta imparidade afetou significativamente a conta de resultados consolidada do exercício, como já tinha ocorrido em 2012, ano em que o lucro líquido consolidado foi de 87,6 milhões de euros. 

Acresce ainda a perda de receitas no próprio exercício de 2013, consequência das tarifas aplicáveis a todas as centrais de geração de energia que explora o Grupo na Espanha desde 14 de julho de 2013 face às que vinham se aplicando anteriormente, em virtude do contemplado no Real Decreto-lei espanhol 9/2013, de 13 de julho, pelo qual eram adotadas medidas urgentes para garantir a estabilidade financeira do sistema elétrico. Este menor volume de negócios está avaliado em 13,5 milhões de euros, aproximadamente, correspondente ao segundo semestre de 2013, um impacto que em termos anuais seria de 27 milhões de euros. 

Outros fatores relevantes que influenciaram no resultado líquido são a evolução desfavorável da paridade do real brasileiro face ao euro, afetando tanto as receitas como os resultados procedentes das sociedades que operam no Brasil, e as menores margens obtidas no negócio tradicional da Elecnor devido a um menor volume de investimento por parte dos clientes com os quais opera o Grupo e a contração experimentada nos preços pela forte concorrência a que o setor está sujeito.

Paralelamente, o Grupo continuou a aprofundar as políticas de contenção e controle sobre os gastos em que, de forma recorrente e especialmente no mercado atual, que têm vindo a trabalhar todas as sociedades do Grupo. Assim conseguiu atenuar os efeitos dos fatores descritos anteriormente. 

Evolução em bolsa

Em 2013, os títulos da Elecnor tiveram uma revalorização de 18%, passando a 11,18 euros por ação, face aos 9,47 euros no ano anterior. O volume efetivo negociado foi de 172,1 milhões de euros, valor que representa 4,4 vezes o alcançado em 2012. A capitalização bolsista foi de 972,7 milhões de euros.  

No que se refere à rentabilidade por dividendos, foi 2,8%, face aos 2,6% de 2012. Deste modo, a rentabilidade total para o acionista, resultado da soma da variação da cotação e da rentabilidade por dividendo, foi de 20,9%, em 2013.

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